Frase: é todo
enunciado capaz de transmitir, a quem nos ouve ou lê, tudo o que pensamos,
queremos ou sentimos.
Ex.: Socorro! / Muito obrigado! / Cheguei
cedo.
Oração: é a
frase de estrutura sintática que apresenta, normalmente, sujeito e predicado e,
excepcionalmente, só o predicado.
Ex.: A menina banhou-se na cachoeira.
A menina: sujeito / banhou-se na cachoeira:
predicado
Núcleo de
um termo: é a palavra principal (geralmente um substantivo, pronome ou verbo),
que encerra a essência de sua significação.
Ex.: O amigo retardatário concluiu a prova de
ciclismo.
amigo: núcleo do sujeito
concluiu: núcleo do predicado
Período: é a
frase quando constituída de uma só oração.
Ex.: Eu quero paz.
No período simples há um só verbo. O período é
composto quando formado por mais de uma oração.
Ex.: O líder disse que a equipe precisa de
mais ânimo.
No período composto há mais de um verbo (ou
locução verbal).
A oração do período simples chama-se absoluta.
TERMOS
ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
São dois os termos que normalmente compõem uma
oração:
Sujeito: é o ser
da oração a quem o verbo se refere e sobre o qual se faz uma declaração.
Predicado: é o
termo que, através de um verbo, declara algo a respeito do sujeito.
Ex.: Meu pensamento é um rio subterrâneo.
Meu pensamento: sujeito
É um rio subterrâneo: predicado
Lá vai a procissão da igreja do Rosário.
A procissão da igreja do Rosário: sujeito
Lá vai: predicado
Sujeito: é
constituído por uma palavra substantiva (substantivo, pronome ou qualquer outro
vocábulo substantivo), a que chamamos de núcleo, podendo ser acompanhada de
termos acessórios de especificação (artigos, adjetivos, locuções adjetivas,
numerais, pronomes).
Ex.: O estudante desengonçado apresentou um
ótimo trabalho.
Estudante: núcleo do sujeito
O / desengonçado: termos acessórios
Classificação
do sujeito
O sujeito é determinado quando o ser a que o verbo da oração se refere é
conhecido.
Ex.: Seu Ribeiro enraizou-se na capital.
Seu Ribeiro: sujeito
Obs.: O sujeito
determinado pode ser simples, composto ou desinencial, e pode vir
expresso diretamente ou ser identificado numa oração precedente ou através da
desinência verbal.
Sujeito
Simples: formado por um só núcleo.
Ex.: Os sinos silenciam.
Sujeito
Composto: formado por mais de um núcleo.
Ex.: Pais, professores e alunos precisam
valorizar a escola.
Sujeito
Desinencial: identificado pela desinência verbal ou por estar expresso numa
oração precedente.
Ex.: Estávamos na sala de visitas. (Nós)
Obs.: O sujeito desinencial pode também ser
chamado de implícito, elíptico ou oculto.
Sujeito
Indeterminado: quando existe um ser a que o verbo da oração
se refere, mas não pode ser determinado.
Ex.: Poluíram os rios.
Lê-se mais na internet do que nos livros.
Precisa-se de empregada doméstica.
Obs.: com o pronome (se), pode ocorrer sujeito
determinado ou sujeito indeterminado.
Sujeito determinado: o verbo obrigatoriamente
é transitivo direto e encontra-se na voz passiva sintética. O sujeito recebe a
ação verbal, ou seja, é um sujeito paciente.
Ex.: Ouviram-se tiros espaçados.
Tiros espaçados: sujeito paciente
Tiros espaçados foram ouvidos.
Tiros espaçados: sujeito simples
Sujeito
indeterminado: o verbo é transitivo indireto ou
intransitivo, e a ação verbal não é atribuída a ser algum. O pronome que
acompanha o verbo é classificado como índice de indeterminação do sujeito.
Ex.: Precisa-se de empregada doméstica.
Chegaram-se com as encomendas.
Come-se bem naquele restaurante.
Oração sem
sujeito: ocorre quando não existe um ser a quem a ação verbal pode ser
atribuída.
Nas orações sem sujeito temos:
Verbos que exprimem fenômenos da natureza.
Ex.: Não ventava. / No dia seguinte choveu.
Verbo haver de existir ou indicando tempo:
Ex.: Havia muita gente naquele local. / Este caso
aconteceu há muito tempo.
Verbo ser e fazer quando exprimem tempo
cronológico ou meteorológico:
Ex.: Eram sete horas da noite. / Faz um calor
insuportável.
Predicado: noções
preliminares
Quanto a seu significado, um verbo pode
indicar ação ou estado.
Verbo de
ação: é o que nomeia de modo geral um movimento que se atribui ao
sujeito: dormir, comprar, precisar, oferecer, pensar etc.
Ex.: Juliana comprou um livro.
Verbo de
estado: é o que expressa a maneira como se encontra o sujeito: ser,
estar, permanecer, ficar etc.
Ex.: Juliana era estudiosa.
Predicação: diz
espeito à maneira como os verbos de ação e de estado se apresentam em orações
em função da transitividade. Assim, quanto à predicação podemos classificar os
verbos em: intransitivos, transitivos e de ligação.
Verbo
intransitivo: é o verbo que concentra em si todo o
significado, sem necessitar de complemento, embora possa ser acompanhada de
circunstâncias (de tempo, lugar, intensidade etc).
Ex.: Antônio partiu. / Corri muito. / Chegou
cedo.
Verbo
transitivo: é o verbo cujo significado necessita de complementação. Esse
complemento pode ser:
Resultado de uma ação: fazer bolo. / construir
edifício. / redigir a dissertação.
Alvo da ação: comprar o presente. / buscar a
realização. / amar os pais.
Destinatários da ação: doar às igrejas. /
enviar aos dirigentes. / sugerir ao chefe.
O verbo será transitivo direto se o complemento ligar-se a ele sem
preposição obrigatória.
Ex.: O velho abriu a porta.
O verbo será transitivo indireto se o complemento ligar-se a ele através
de preposição obrigatória.
Ex.: O gerente assistia à cena.
O verbo será transitivo direto e indireto
se necessitar de dois complementos: um sem preposição e outro com preposição
obrigatória.
Ex.: Mariana escreveu a carta ao
namorado.
Verbo de ligação: é o verbo de estado que
relaciona o sujeito a uma qualidade.
Ex.: Brasília é uma linda cidade.
Complementos
verbais
Objeto
direto: é o complemento que se liga sem preposição obrigatória a um
verbo de sentido completo.
Ex.: Compramos um carro novo.
Objeto
direto pleonástico: é o objeto direto que se repete por questões
de ênfase.
A vida, o tempo a consome.
Objeto direto: a vida
Objeto direto pleonástico: a
Objeto
indireto: é o complemento que se liga através de preposição obrigatória a
um verbo de sentido incompleto.
Ex.: Precisamos de novas informações.
Objeto
indireto pleonástico: é o objeto indireto que se repete por
questões de ênfase:
Ex.: Ao indiscreto, não lhe confio nada.
Objeto
indireto pronominal: é o objeto indireto constituído por pronomes
pessoais átonos.
Ex.: Não lhes devo satisfação. / O vendedor
não me entregou a nota fiscal.
Tipos de
predicado
O predicado
é classificado de acordo com a função que desempenha.
Predicado
nominal: é o predicado que, formado por um verbo de ligação, atribui uma
qualidade ao sujeito. Essa qualidade é chamada de predicativo do sujeito.
Ex.: Luciano parecia animado.
Verbo de ligação: parecia
Predicativo do sujeito: animado
Obs.: O núcleo do predicado nominal sempre é formado
por um nome (substantivo, adjetivo ou pronome).
Predicado
verbal: é o predicado que, formado por um verbo transitivo ou
intransitivo, atribui uma ação ao sujeito.
João acordou cedo.
Obs.: O núcleo do predicado verbal é o verbo.
Predicado
verbo-nominal (verbo de ação + predicativo): é o
predicado que, formado por um verbo transitivo ou intransitivo, atribui uma
ação ao sujeito e uma qualidade ao sujeito ao sujeito ou ao objeto.
Predicado
verbo-nominal com predicativo do sujeito: apresenta uma ação e uma qualidade
do sujeito no momento em que essa ação se realiza:
Ex.: João acordou doente.
Verbo intransitivo: acordou
Predicativo do sujeito: doente
Predicado
verbo-nominal com predicativo do objeto: apresenta uma ação e atribui ao
objeto uma qualidade que resulta dessa ação. A essa qualidade que se relaciona
ao objeto através do verbo chamamos predicativo do objeto.
Ex.: O juiz considerou o assassino culpado.
Verbo transitivo direto: considerou
Objeto direto: o assassino
Qualidade que resulta da ação: culpado.
Referências
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 48. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.
MAIA, João Domingues. Gramática: teoria e exercícios. 4. ed. São Paulo: Ática, 1994.
PIMENTEL, Carlos. Português descomplicado. São Paulo: Saraiva, 2004.
Observação: Este material foi editado para ser usado em sala de aula gratuitamente.