sexta-feira, agosto 23, 2013

MEMÓRIAS LITERÁRIAS - PRAZER EM ESCREVER



MINHA PRIMA TAMIRES

Quando surgiu a doença ela estava com um ano e meio de idade. Os médicos diagnosticaram que minha prima estaria com pneumonia. Ela ficou hospitalizada porque uma bactéria perfurou o pulmão dela.
Em Cacoal, ela ficou alguns dias e depois foi transferida para Porto Velho, Capital do estado. Lá em Porto Velho ela passou por duas cirurgias.
Os médicos disseram que seria preciso retirar o pulmão dela e colocar outro, mas se demorasse muito, ela poderia morrer.
Todos os parentes oraram por ela. Pediram a Deus que nada de mal pudesse acontecer com ela.
Quando os médicos foram fazer a terceira cirurgia para troca do pulmão, eles viram que não seria necessário porque Deus havia colocado outro pulmão no lugar.
Hoje, minha prima tem onze anos de idade, é uma menina saudável, risonha e cheia de saúde.

Por Larissa Natiele (7º ano A - 2012)

Comentário do professor: Eu, professor Elisandro, sou testemunha de que a Tamires sobreviveu. Atualmente (2013), ela é minha aluna no 6º ano.




QUANDO TUDO COMEÇOU

Quando minha mãe tinha quinze anos ficou grávida do seu primeiro filho. Ela ficou muito feliz. Pena que a felicidade não durou por muito tempo. Já tinha escolhido o nome para ele, chamaria Thiago Guilherme. Minha mãe já havia preparado todo o enxoval e quando foi na hora de dar a luz ao bebê, ela não ouviu nenhum choro e nem gritos de felicidade.
Mais tarde, o médico chegou até ela e que apesar de ter feito de tudo para salvá-lo, não conseguiu.
- Seu filho está morto. Disse o médico.
Com a notícia, minha mãe entrou em desespero. Foi uma luta para o médico e família poder controlá-la. Só foi possível quando o médico medicou-a com um calmante.
Passaram se alguns dias e aos poucos ela foi aceitando a morte de seu primeiro filho.
Hoje em dia, minha mãe teve outros filhos que já estão grandes e eu que estou recontando um pouco de sua história.

Por Jaqueline Alves dos Santos (7º ano A - 2012)

Comentário do professor: A Jaqueline não é mais aluna na escola em que eu trabalho. Sinto saudade dela. É uma excelente aluna.




HISTÓRIA DA MINHA BISAVÓ

Marinalva Barros Ferro era uma mulher batalhadora, criou cinco filhos, e depois criou quatro netos e ajudou a criar uma bisneta que sou eu.
Ela foi casada com seu Manoel de Oliveira Ferro, depois se divorciou e veio embora para Rondônia com todos os filhos, deixando seu Manoel no Mato Grosso.
Ao chegar em Rondônia ela abriu um comércio e toda vida trabalhou por conta própria. Depois de ter seus filhos crescidos, ela ainda criou outras quatro crianças, filhos de seu filho José de Oliveira Ferro, meu avô. Esses filhos de meu avô, ainda que pequenos, foram abandonados pela mãe.
Marinalva, com seus cinco filhos e quatro netos, um dia, recebeu a notícia, que seu filho José de Oliveira Ferro tinha se acidentado durante o trabalho. Ele era caminhoneiro. Infelizmente, ele não resistiu ao acidente e morreu.
Com o fato, todos da família ficaram tristes com a morte de meu avô. Ele deixou seus quatro filhos para minha bisavó cuidar. Ela criou todos seus netos até eles crescerem e formarem suas vidas.
Marinalva, minha bisavó, sempre foi dedicada em tudo, um exemplo de vida, até que no dia 4 de julho de 2011 foi o fim de sua vida. Mais uma vez, todos da família ficaram tristes. Porém, após uma semana de sua morte, seu sétimo bisneto João Pedro Ferro Jorge, meu irmão, nasceu, alegrando todos da família.


Por Victória Caroline Ferro (7º ano A - 2012)

Comentário do professor: Comovente história. Muito bem contada. Ficou excelente. Atualmente (2013), Vitória é minha aluna no 8º ano.



A MINHA VIDA



Uma mulher e um homem se conheceram em uma igreja. A mulher sorriu para o homem que meses depois começaram a namorar.
Passaram-se alguns dias os dois se casaram. Desse casamento uma menina nasceu. Nasceu prematura, de seis meses. Aquela menina ficou no hospital durante dois meses e toda família sofreu com isso.
Quando a menina completou três anos, ela foi morar em um sítio, com a avó. Depois de cinco anos a avó se mudou para Porto Velho, levando a menina junto. Em Porto Velho eles moraram durante três anos.
Depois desse tempo a menina e a avó vieram morar em Cacoal. Foi nesse período que a menina passou a morar com seus pais, já com onze anos.
Hoje a menina tem doze anos e pretende continuar morando com os pais o resto da vida, eles moram no bairro liberdade e a menina estuda na escola Maria Aurora. Essa menina, sou eu.

Por Ana Cindy Oliveira Cabral (7º ano - 2012)

Comentário do professor: Excelente história Aninha. O pai da Ana Cindy foi meu colega de sala, no 1º ano do ensino médio. Já faz um tempinho, em 1996.




MINHA LUTA


Eu nasci em João Pessoa em 1935. Minha infância foi difícil. Lembro-me como se fosse hoje, meu pai saindo de casa para trabalhar em um canavial. Ele trabalhava duro para por comida em casa, mesmo assim, às vezes, faltava.
Eu não terminei meus estudos, parei no quinto ano, só aprendi a ler e a escrever.
Aos meus 18 anos conheci o amor da minha vida, com quem me casei e com ele vim para Cacoal no ano de 1977. Eu fui uma das pioneiras, vi tudo crescer, prédios serem levantados e a cidade se ampliando.
Mas no começo foi difícil, pois não havia hospital, só existiam pequenos comércios. Na verdade, não havia quase nada.
Mas a cidade cresceu e tudo foi melhorando. Hoje tenho 74 anos, tenho dois filhos e três bisnetos. Apesar de tantas lutas. Sou feliz.
A personagem desta história é minha avó, que tanto amo.

Por Gabriela Monteiro de Aquino (7ª ano - 2012)

Comentário do professor: Ótimo relato Gaby. Sua avó faz parte da história de nossa cidade. Atualmente (2013), Gabriela é minha aluna no 8º ano.





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