terça-feira, dezembro 04, 2012

O MUNDO DAS LOGOMARCAS FAMOSAS

Logo marca é o mesmo que logotipo, ou logótipo, e refere-se à forma particular como o nome da marca é representado graficamente, pela escolha ou desenho de uma tipografia específica. É um dos elementos gráficos de composição de uma marca, algumas vezes é o único, tornando-se a principal representação gráfica da mesma. A marca Sony ao grafar a sua marca, utiliza apenas a forma particular como o nome da marca é representado graficamente - o logotipo, prescindindo da utilização de qualquer outro elemento gráfico adicional (símbolo) para compor a marca. Ao contrário da SONY, a Wikipédia, utiliza simultaneamente um Símbolo e um Logotipo para grafar a sua marca. “O símbolo e o logotipo são formas de grafar a marca, de torná-la visualmente tangível. É comum as pessoas se referirem ao símbolo como marca. Diz-se freqüentemente: a marca da Coca-Cola ou da Fiat, quando, na verdade, a intenção é a referência ao logotipo da Coca-Cola ou da Fiat. Da mesma maneira, símbolos também são chamados de marcas e também é comum se ouvir referência à marca da Volkswagen ou da Mercedes-Benz, quando a designação correta seria símbolo (...). Logos em grego quer dizer conhecimento, e também palavra. Typos quer dizer padrão e também grafia. Portanto, grafia-da-palavra ou palavra-padrão.” 

Fonte: Ana Luiza Escorel - "O Efeito Multiplicador do Design" - Editora Senac, p. 56. 


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domingo, dezembro 02, 2012

ANÁLISE MORFOLÓGICA X ANÁLISE SINTÁTICA

Quando estudamos a classe gramatical das palavras, nos preocupamos com sua forma e flexão, estamos no campo da morfologia. Quando nos preocupamos em identificar a função que cada uma das palavras exerce na oração em que aparece, estamos no campo da sintaxe.
Em uma análise morfológica, procuramos saber se uma palavra é substantivo, adjetivo, pronome, verbo, advérbio, preposição, numeral, artigo, interjeição ou conjunção. Se desejamos saber se um substantivo, por exemplo, exerce a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, aposto, vocativo ou complemento nominal, estamos fazendo análise sintática.
Um mesmo substantivo pode exercer diferentes funções sintáticas:

A casa é bonita. (núcleo do sujeito)
Comprei uma casa. (núcleo do objeto direto)
Preciso de uma casa. (núcleo do objeto indireto)
O jardim da casa é maravilhoso. (Núcleo do adjunto adnominal)
Ela mora perto de casa. (núcleo do adjunto adverbial)
Tenho lembranças de casa. (núcleo do complemento nominal)
Seu quarto é uma verdadeira casa! (núcleo do predicativo do sujeito)

Podemos fazer a análise sintática dos termos de uma oração ou de um conjunto de orações. Oração - enunciado que se organiza em torno de um verbo.  Período - frase composta por uma ou mais orações.

Fonte: DELMANTO, Dileta; CASTRO,  Maria da Conceição. Português: ideias e linguagens. Saraiva, 2009.

INFÂNCIA - POEMA DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé.
Comprida história que não acaba mais.

No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala - e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.

Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
- Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!

Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.

E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.

Fonte: FARACO & MOURA. Linguagem Nova. In: Obra Completa. Rio de Janeiro, 1967.

JOÃO BRASILEIRO, UM HIPÓCRITA

Morador de uma cidade grande, João Brasileiro engole diariamente a fumaça lançada no ar por automóveis e fábricas. Tossindo de raiva, acende o último cigarro e joga o maço pela janela do carro. No domingo de sol, leva os filhos a passear no parque e compra sorvetes para os garotos. Cada um, é claro, vai jogar o copinho ou papel por cima do ombro assim que degustar a "iguaria". Quando vai à praia, Brasileiro fica horrorizado com o mar sujo pelos esgostos e esbraveja enquanto toma um refrigerante e come uma espiga de milho, cujos vestígios ficarão repousando na areia quando ele sair de lá.
Brasileiro gosta muito de reclamar da poluição e da sujeira - dos outros. Em seu próprio rastro, que ele ignora, acumulam-se quilos e quilos de detritos - restos de alimentos, copos, latas, garrafas, papéis e toda sorte de objetos dos mais variados materiais e usos, atirados nas ruas, praias, estradas, parques, casas de espetáculo e por aí afora.

Fonte: FARACO & MOURA. Linguagem Nova. In: Superinteressante, maio 1989.

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