quarta-feira, julho 25, 2012

quarta-feira, julho 18, 2012

HQs HISTÓRIAS EM QUADRINHOS 9º ANO ESCOLA MARIA AURORA - CACOAL-RO


HISTÓRIA EM QUADRINHO "A GIRAFA APAIXONADA"
autoria Prof. Elisandro Félix de Lima

Leia a história em quadrinho e descubra por quem a girafa se apaixonou. Clique na foto para obter a versão ampliada.

INDO À PRAIA
Ingrid, Amanada e Daniel


PROMESSAS DE POLÍTICOS
Ricardo, Pabloo e Kaio



AULA SOBRE O MEIO AMBIENTE
Patrícia, Kamila e Elisandro



UM ROMANCE DIFERENTE
Fabrícia, Elizandra, Jenifer e Nandara



                                                         A SEREIA E SEUS AMIGOS
Luiza, Aline de Oliveira e Aline Rossin


O CAVALO E O ESPANTALHO
Gustavo Fernandes e Alexandro





domingo, julho 15, 2012

USO DAS PALAVRAS HOMÔNIMAS E DAS PARÔNIMAS

Palavras homônimas são aquelas que possuem grafia ou pronúncia igual. 

Exemplos:

almoço (substantivo) - almoço (verbo) - grafia igual
sessão (reunião) - seção (divisão, corte) - cessão (ato de ceder) - pronúncia igual

Palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pronúncia parecidas.

Exemplos:

comprimento (extensão) - cumprimento (saudação)
despercebido (não notado) - desapercebido (despreparado)


Referência:

SACCONI, Luiz Antônio. Nossa Gramática Contemporânea: teoria e prática. São Paulo: Escala Educacional, 2006.

terça-feira, julho 03, 2012

ALGUMAS FÁBULAS

A QUEIXA DO PAVÃO
(adaptado de Esopo)


O Pavão veio queixar-se à deusa Juno. Queria saber por que razão o rouxinol havia de cantar melhor que ele.
- Não te preocupas - disse a deusa. - Tu não sabes cantar, é certo, mas tuas penas são tão formosas, cheias de olhos que parecem estrelas. Todos os animais invejam a tua beleza.
Porém ao pavão não restava consolo.
- Não me interessa a beleza, mais valera saber cantar - retrucou o pavão.
A que Juno retrucou irritada:
- Não podes querer ter de tudo. O rouxinol tem o canto, a águia tem a força e tu tens a formosura. Segura tua língua tola e contenta-se com tuas dádivas.
Moral: não discuta com a natureza.

Adaptado de Fábulas de Esopo. Tradução: Manuel Mendes da Vidigueira. São Paulo: Cultura, 1943.

O LEÃO E O RATO
(adaptado de Esopo)

Um rato foi passear sobre um leão adormecido. Quando este  acordou, pegou o rato. Já estava para devorá-lo quando o rato, em um gesto de desespero, pediu ao leão para que o deixasse ir embora:
- Se me poupares - disse o rato -, te serei útil.
E o leão,achando graça naquilo, soltou-o. Tempos depois o leão ficou preso em uma rede de caçadores. O rato ouviu seus rugidos de raiva, foi até lá, roeu as cordas e o libertou. E disse ao leão:
- Naquele dia zombaste de mim. Aprende então que até entre os ratos também se encontra gratidão.
Moral: uma boa ação ganha outra.

Adaptado de Esopo. Fábulas. Tradução: Antônio Carlos Vianna. Porto Alegre: L&PM, 2006.

O MENINO QUE GRITAVA LOBO!
(adaptado por Vivian French)
 
 Para começo de conversa, o menino gostava de cuidar de carneiros. Ele podia brincar o dia todo sem que ninguém o mandasse parar, ou que o mandasse ir dar comida às galinhas ou catar ovos ou cortar lenha. Ele tocava seu apito e dançava com os carneiros que saltitavam pela grama. Ele coçava a cabeça de seu cachorro e jogava gravetos para ele ir buscar. À noitinha, ele e seu cachorro guiavam o rebanho pelo morro para se encontrarem com os outros pastores. Então, deitavam-se juntos, ao lado da fogueira, para dormir.
Depois de um certo tempo, entretanto, o menino ficou entediado.
-Não vejo graça ficar aqui sozinho - ele resmungou. - Não tenho com quem falar. Ninguém liga para mim. Só o que esses carneiros fazem é mastigar, mastigar... - Ele tocou uma musiquinha triste na sua flauta. - Até mesmo os carneiros já estão crescidos demais para dançar. E não vejo nem sinal de uma raposa ou de um loboou de um grande urso marrom...
O menino parou e olhou para os carneiros que pastavam calmamente entre flores. Ele olhou para o seu cachorro que cochilava ao sol. Ele olhou para longe, para onde os outros pastores estavam sentados tranquilamente com seus rebanhos. Ele olhou para a pequena vila lá embaixo, no vale da montanha. Homens e mulheres e crianças moviam-se lentamente em seus afazeres.
- É tudo tão MONÓTONO - disse o menino. - Tão CHATO! - e de um salto, pôs-se de pé.
Os carneiros ergueram as cabeças. O cachorro abriu os olhos.
- LOOOOOOOOOOOOOOOBO! - Gritou o menino,o mais alto que pôde.
- LOOOOOOOOOOOOOOBO! - SOCORRO! SOCORRO! - e corria de um lado para o outro, em meio aos carneiros que também corriam para todo lado, apavorados.
- BEEEEEEEEEEÉ! - eles baliam. - BEEEEEEEEEÉ!
O cachorro latiu alto, e os pastores que estavam perto dali pegaram seus cajados e vieram correndo para ajudá-lo. Lá embaixo, na vila, todos largaram seus afazeres e correram morro acima.
- Onde está ele? - perguntaram. -Onde está o lobo? É grande? É feroz? Ele pegou algum carneiro?
O menino apoiou-se em seu cajado e disse:
- Eu o enxotei! Ele era enorme e cinzento e esfomeado, mas eu o enxotei!
Todos bateram palmas. Abraçaram o menino e fizeram muita festa. No dia seguinte, seu irmão mais velho veio ajudá-lo com o rebanho. Mas, depois, seu irmão voltou para a vila e o menino novamente só. Ele suspirou ao ver seu irmão descendo o morro.
- Isso foi divertido - ele falou.
O menino cuidou dos carneiros durante mais uma semana. Ele assobiava e atirava gravetos para seu cachorro pegar, mas não tinha vontade de brincar nem de dançar.
- É tão CHATO - ele falou, esfregando o nariz e pensando. - Hum - disse ele, olhando em volta. Havia pastores cuidando dos rebanhos, e o povo da vila trabalhando lá embaixo como sempre.
- LOOOOOOOOOOOOOOOBO! - gritou o menino, batendo palmas para espantar os carneiros que ficaram se empurrando e se trombando.
- LOOOOOOOOOOOOOOOBO!
Os carneiros batiam alto. O cachorro latiu. Os pastores vieram correndo. O povo da vila subiu esbaforido morro acima.
- Onde está ele? Onde está o lobo? - eles gritaram.
O menino sacudiu a cabeça.
- Ele deve ter se escondido quando ouviu vocês - disse.
O povo e os pastores se entreolharam e vários deles balançaram a cabeça. O menino foi abraçado e chamado de corajoso, mas ninguém ficou com ele. Logo ele estava novamente sozinho.
- Venha logo - ele chamou, zangado, seu cachorro. - Vamos arrebanhar os carneiros.
O menino cuidou dos carneiros durante mais três dias. Ele não tocou seu apito e quase não falou com seu cachorro.
- Carneiros são chatos - ele falou. - É tudo muito MONÓTONO.
O cachorro abanou o rabo, mas o menino nem notou.
- Vamos nos DIVERTIR -  ele falou, pondo-se de pé. - LOOOOOOOOOOBO! - ele gritou. - LOOOOOOOOOOOOBO!
Os carneiros nem se mexiam. O cachorro mlevantou-se lentamente, e alguns poucos pastores vieram correndo. Algumas pessoas da vila subiram o caminho, mas não pareceram surpresos quando o menino explicou que um lobo ENORME já havia desaparecido. Concordaram, abanando a cabeça e piscando uns para os outros, antes de retornarem às suas casa.
Naquela noite o céu estava carregado de nuvens escuras. O menino achou que estava na hora de levar seu rebanho para o outro lado do morro, quando de repente, o cachorro começou a rosnar. O menino olhou para ele, surpreso, e notou que seu pelo estava arrepiado.
- O que foi cachorro? - ele perguntou.
Os carneiros estavam irrequietos.
- BEEEEÉ! - eles baliam, ansiosamente. - BEEEEEÉ!
E aí o menino viu uma sombra cinzenta esqueirando-se, arrastando-se vagarosamente, chegando cada vez mais perto.
- LOOOOOOOOOOOOOOBO!  - ele berrou.
- LOOOOOOOOOOOOOOBO!
Não veio ninguém. O menino gritou novamente, e mais uma vez, e de novo. O cachorro rosnou uma última vez e depois, ganindo, fugiu com o rabo entre as pernas.
- LOOOOOOOOOOOOOOBO! - o menino gritou e berrou, mas, msmo assim, ninguém respondeu. Com um grito agudo, correu até a árvore mais próxima e subiu rapidamente.
O lobo deu um salto.
Na manhã seguinte, não havia sobrado nehum carneiro. Sóo menino, encarapitado na árvore. Quando os pastores vieram ver por que ele não fora juntar-se a eles na beira da fogueira na noite anterior,perceberam o que havia acontecido.
- Nunca mais vou gritar "lobo"! - soluçava o menino.
- É, não vai mesmo - disseram os pastores. E levaram-no de volta à vila,onde ele passou a dar de comer às galinhas, catar ovos e cortar lenha...e nunca mais teve tempo para brincar.

As fábulas ferinas de Esopo. Tradução: Gilda de Aquino. São Paulo: Brinque-Book, 1997.



FABULANDO

Nós, seres humanos, adoramos contar histórias uns para os outros há muitos e muitos anos. Contamos histórias de amor, histórias de terror, histórias de suspense, histórias fantásticas. Entre essas histórias que contamos estão também as fábulas, uma das narrativas mais antigas da humanidade.
A palavra fábula veio do verbo latino fabulare, que significa "conversar, narrar". Desde as suas origens, as fábulas foram transmitidas oralmente de pai para filho, de avó para neta, de amiga para amigo. São histórias que acontecem num tempo indefinido, bem distante de nós e que costumamos começar com expressões do tipo: " Em um belo dia de inverno..."; "Houve uma vez uma raposa...".
Talvez essas narrativas tradicionais orais tenham sido contadas numa roda,no final da tarde, enquanto homens e mulheres escutavam atentos e crianças brincavam. Talvez elas tenham sido contadas antes de as crianças dormirem, como ainda acontece hoje em dia. De qualquer modo, as fábulas existiram praticamente em todas as épocas e ainda hoje são contadas em muitas culturas.
Quase sempre curtas, essas histórias têm servido para ensinar o que é certo e errado, transmitir os valores éticos e morais das culturas e povos que as criaram. Elas servem de exemplo para todos os que escutam. Por isso, há sempre uma liçãozinha de moral escondida nelas, a tal da "moral da história". Às vezes, essa moral é explicitada ao final, como na famosa fábula da coruja e da águia: "Moral: quem ama o feio, bonito lhe parece". Outras vezes, a moral da fábula não está dita com todas as letras, mas, para o leitor esperto, é bem fácil descobri-la.
Ao longo dos anos, certas fábulas foram sofrendo algumas transformações. Ao serem narradas de geração em geração e, também, ao serem contadas a pessoas de diferentes regiões e de outras culturas, as fábulas foram lentamente se modificando. E até mesmo a moral da fábula pode sofrer alterações ap longo dos anos, dependendo de quem conta.

Clique aqui e saiba sobre a história das fábulas

Clique aqui e leia diversas fábulas 

REFERÊNCIAS

CAMPOS, João; NIGRO, Flávio; RODELLA, Gabriela. Português a Arte da Palavra. 6. ano. São Paulo: AJS, 2009, p. 56.

QUEM FOI ESOPO?

Na verdade, sabemos muito pouco da história de Esopo, que parece ter levado uma vida muito interessante no século VI antes de Cristo. Talvez ele tenha nascido na África, porque muitos dos animais que ele cita em suas fábulas são de origem africana. Dizem que ele era muito feio, deformado, e foi até escravo. Teria conseguido sua liberdade e viajou pelo mundo, conhecendo muitas culturas diferentes. Esopo, um criador de confusão, teria tido uma morte violenta: foi jogado de um penhasco pelos moradores enfurecidos da ilha de Delfos. Que vidinha fabulosa, não?!?


                          Grego Esopo

Clique aqui e conheça a história das fábulas

REFERÊNCIAS

CAMPOS, João; NIGRO, Flávio; RODELLA, Gabriela. Português a Arte da Palavra. 6. ano. São Paulo: AJS, 2009, p. 57.



A HISTÓRIA DAS FÁBULAS

As fábulas mais antigas que conhecemos começaram a ser contadas no Oriente, milhares de anos atrás. De onde hoje fica a Índia, elas migraram para a Pérsia e se espalharam pela Grécia Antiga.
O primeiro grande contador do Ocidente foi o grego ESOPO (século VI antes de Cristo). Aliás, Esopo não deixou nehuma fábula escrita, pois só as contava oralmente. Quem escreveu suas histórias foram outros autores, entre eles, seu grande admirador, o romano Fedro (que era escravo e viveu no século I antes de Cristo).
Durante a Idade Média, as fábulas gregas e romanas foram redescobertas. O famoso pintor Leonardo Da Vinci (1452-1519) se interessou muito por elas e as reescreveu em italiano. O escritor Jean de La Fontaine (1621-1695) obteve muito sucesso ao traduzi-las em versos para o francês. La Fontaine gostava tanto dessas histórias que até chegou a inventar suas próprias fábulas. Seus livros foram traduzidos para muitas outras línguas e suas fábulas ainda são contadas a muitas crianças.
Hoje em dia, vários autores utilizam esse formato para contar suas histórias, reescrevendo as fábulas tradicionais ou criando novas, às vezes, com morais completamente diferentes daquelas dos povos de milhares de anos atrás.

Clique aqui e leia diversas fábulas

REFERÊNCIAS

CAMPOS, João; NIGRO, Flávio; RODELLA, Gabriela. Português a Arte da Palavra. 6. ano. São Paulo: AJS, 2009, p. 56.